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Ansiedade: O que a psicanálise tem a nos dizer?

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A ansiedade é um dos maiores problemas da atualidade. Quem a vivencia ou já experimentou os seus sintomas, tem a exata noção do sofrimento que ela causa. É um assunto muito sério e que, infelizmente, tem sido tantas vezes explorado de modo irresponsável, seja na compreensão das suas causas ou no modo de lidar com esse transtorno. Não é raro que quem sofre com a ansiedade aprofunde seu sentimento de angústia e se sinta culpada por isso. A boa notícia é que tudo isso tem explicação e, melhor, tratamento.


Na psicanálise, o transtorno de ansiedade está no espectro do que entendemos de modo geral como angústia. Ela surge para nós, primariamente, como uma espécie de sinal de alerta do nosso ego de que algo no mundo externo (realidade objetiva) ou no nosso interior (inconsciente) é percebido como uma ameaça. Mas, como assim?


Vamos entender de um modo simples. Primeiro, precisamos compreender esses dois tipos diferentes de ansiedade. A ansiedade realista é bastante comum e é uma resposta que temos diante de uma ameaça ou uma situação desafiadora real. Por exemplo, experimentar sensações como resposta a travessia de uma rua muito movimentada, dirigir numa tempestade ou mesmo realizar aquela importante prova do concurso ou entrevista de emprego tão desejada.


Já a ansiedade neurótica não está diretamente ligada a uma realidade, mas a um conflito entre os desejos do inconsciente, a censura ou as expectativas geradas pelo superego (alimentado pelo que o grupo social endossa ou não) e a capacidade do nosso ego em lidar, mediar e concretizar o que desejamos com as possibilidades de realização. O que não pode se tornar real na forma desejada pelo inconsciente pode ser, por exemplo, sublimada (ou seja essa energia é transferida para outra forma de realização aceitável) ou reprimida. Acrescentamos que, muitas vezes, nos deparamos também com experiências com um conteúdo emocional tão intenso (traumas) que entra em ação outro mecanismo de defesa inconsciente, o recalque.


Por exemplo, podemos experimentar o medo do julgamento social, receios irracionais sobre a própria saúde ou afetos desequilibrados em relacionamentos. Todo esse conjunto de possibilidades da ansiedade neurótica podem se manifestar, ainda, na forma de compulsões, fobias e obsessões.


Mas, e o que sentimos “na pele” sobre a ansiedade? Sim, os sintomas (manifestações somáticas) são bastante reais e desconfortáveis. Tanto na ansiedade realista, quanto na neurótica, podemos experimentar sensações como taquicardia, falta de ar, sudorese, perda de sentidos, formigamentos, ausências, manifestações cutâneas, fraqueza, entre outros. Na neurótica, porém, essas sensações surgem sem que a pessoa perceba, como na ansiedade real, qual a sua origem ou, mesmo associando a uma experiência real, sua reação é desproporcional, irrealista e carregada de pensamentos intrusivos.


E, como resolver tudo isso? Bem, em alguns casos conseguimos lidar com as nossas ansiedades realistas usando nossos próprios recursos emocionais e a rede de apoio que construímos, com nossos familiares, amigos, comunidade e crenças religiosas, por exemplo. É o que consideramos como aprendizado após passar por essas experiências e que, de certo modo, nos capacita se por acaso tenhamos que revivê-las. É bom destacar que certas experiências realistas podem levar a traumas, o que vai requerer, assim como a ansiedade neurótica, o acompanhamento de um ou mais profissionais. Ou seja, especialmente nesses casos precisamos de ajuda especializada. Podemos até conseguir experimentar um alívio aqui e ali, sobretudo quando recebemos atenção e incentivos. Porém, isso é momentâneo e, caso não haja o tratamento adequado, poderá retornar do mesmo modo, ou ainda mais intenso.


A psicanálise, por exemplo, pode contribuir com os processos de escuta ativa, pela qual o trabalho analítico leva a identificação dos conflitos inconscientes e ajuda na elaboração e transformação de tudo isso em termos psíquicos e subjetivos, oferecendo suporte e “ferramentas” para que, por meio do autoconhecimento, a pessoa possa eliminar ou reduzir sua carga de sofrimento e aprender a lidar com as situações de sua vida de modo mais confortável, equilibrado e funcional.


Por isso, não tenha medo de se cuidar. Não tenha vergonha de usar os serviços de profissionais especializados. Viva com qualidade e plenitude. Você merece!


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